Abril é conhecido como o mês de conscientização do autismo, período que chama a atenção da sociedade para o respeito, a empatia e a inclusão das pessoas no espectro.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 100 pessoas no mundo tem transtorno do espectro autista, só no Brasil, isso representa mais de 2 milhões de pessoas.

Mais do que números, o mês de abril é sobre visibilidade e acolhimento. É hora de falar sobre direitos, acessibilidade e atitudes reais para incluir, de verdade, todas as crianças e suas famílias.

O que é o autismo?

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta, em diferentes níveis, a comunicação, o comportamento e a socialização da pessoa.

Entre os sinais mais comuns estão:

• Dificuldade em interações sociais;

• Sensibilidade a sons, luzes ou texturas;

• Padrões repetitivos de comportamento;

• Preferência por rotinas e previsibilidade.

O autismo infantil pode ser identificado desde os primeiros anos de vida, e o quanto antes houver diagnóstico e acolhimento, melhor será o desenvolvimento da criança.

Graus de suporte e suas diferenças

O TEA é classificado em níveis de suporte de acordo com o grau de autonomia da pessoa:

• Nível 1 (Leve): Necessita de pouco suporte; dificuldades sociais podem passar despercebidas.​

• Nível 2 (Moderado): Requer suporte substancial; dificuldades mais evidentes na comunicação e interação social.​

• Nível 3 (Grave): Necessita de suporte muito substancial; comprometimentos severos na comunicação e comportamentos restritivos intensos.

Essa categorização não define a pessoa, mas ajuda a compreender o tipo de acompanhamento terapêutico necessário.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico precoce do autismo é essencial para intervenções eficazes. Ele é realizado por profissionais como neuropediatras, psicólogos e fonoaudiólogos, com base em observações clínicas e entrevistas com familiares.

Não existe um único exame, mas uma avaliação multidisciplinar com foco nos comportamentos e nas dificuldades apresentadas pela criança.

Para entender mais sobre como capacitar profissionais para o atendimento de crianças com autismo, veja como a Vila Pindô se capacitou sobre o tema.

Como adaptar ambientes para pessoas com autismo?

A criação de espaços inclusivos envolve ambientação sensorial, planejamento e empatia.

Confira algumas adaptações importantes para qualquer espaço que receba crianças com TEA:

Controle de Estímulos Sensoriais: Reduzir ruídos e iluminações intensas para evitar sobrecarga sensorial .

Espaços Organizados e Previsíveis: Ambientes com layout claro e sinalização facilitam a orientação e proporcionam segurança.​

Áreas de Regulação Sensorial: Disponibilizar espaços tranquilos para que possam se acalmar quando necessário.​

Capacitação de Equipes: Treinar funcionários para compreender e atender adequadamente às necessidades das pessoas com autismo .

Um ambiente verdadeiramente inclusivo respeita as diferenças e se adapta às necessidades de quem o frequenta.

Tratamentos e profissionais envolvidos

O tratamento do TEA é multidisciplinar e deve ser personalizado. A equipe pode contar com:

• Terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada)

• Psicologia

• Terapia Ocupacional

• Fonoaudiologia

• Musicoterapia

• Apoio pedagógico especializado

Cada profissional contribui para o desenvolvimento global da criança, ajudando na autonomia, comunicação e bem-estar emocional.

Legislação: direitos garantidos por lei

A inclusão de pessoas com autismo é assegurada por importantes legislações brasileiras:

🔹 A Lei Berenice Piana (12.764/2012) reconhece o autismo como deficiência e garante acesso à saúde, educação e proteção social. Veja mais aqui!

🔹 A Lei Romeo Mion (13.977/2020) criou a Carteira de Identificação da Pessoa com TEA, facilitando a priorização em atendimentos. Veja mais detalhes no site do Senado!

Essas leis são fundamentais para o exercício da cidadania e o combate à exclusão.

Vila Pindô: um espaço lúdico com selo de inclusão

A Vila Pindô é o primeiro buffet infantil do Brasil a conquistar o Selo de Empresa Amiga do Autista.

Isso significa que toda a nossa equipe foi capacitada para acolher crianças com TEA, garantindo momentos de diversão com respeito e sensibilidade.

Veja algumas ações adotadas na Vila:

• Atividades com apoio visual;
• Volume de som controlado sob demanda;
• Abafadores auditivos disponíveis;
• Caixa sensorial para autorregulação;
• Brincadeiras adaptadas para promover inclusão social;
• Uso do cordão do girassol para identificar deficiências ocultas.

Mais que um buffet inclusivo, a Vila é um lugar onde todas as crianças se sentem livres para brincar, criar e serem exatamente quem são.

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Compromisso com a infância e a inclusão

A Vila Pindô acredita que inclusão se faz com atitude, não só com palavras.

No mês de conscientização do autismo, reforçamos nosso propósito de tornar cada festa um momento verdadeiramente acolhedor para todas as famílias, promovendo a diversidade como parte da infância.

Porque brincar é um direito de todos.

Fontes

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Diagnóstico de Autismo: tudo o que você precisa saber – Genial Care

Qual o profissional ideal para o tratamento de autismo – Garcez Ranha

Como oferecer um ambiente terapêutico inclusivo para pessoas autistas – Genial Care

Lei Berenice Piana – Planalto

Lei Romeo Mion – Planalto